terça-feira, 14 de outubro de 2008

infame infancia

Cria. Criança. Infante. Infancia. Infantaria. Infame. Infanticidio.
Perdido. Passado. Esperança. Futuro. Destino.
Tino. Maduro. Duro. Adulto. Culto. Sorte. Morte.
Luto.

Quando uma coisa leva a outra. e vira Um.
estável, sólido, seguro. Confiável. Confortável.


Estranho.(?)(!)

[Provavelmente as coisas nao estao tao óbvias pra voce quanto estão pra mim, que obviamente ja tenho o sentimento e a ideia que eu quero trans-formar...certo? como também nao sabe o caminho que eu vou tomar, deve ou estar curioso ou achar que vou escrever mais uma série de coisas 'sem sentido'. como usual...(?)
Bem, se voce é passivel de alguma crença, te digo que nem eu sei muito onde isso vai parar...ou não sabia...]

Criar. Criança. Duas palavras que ao meu ver sao basicamente inseparáveis. mas se separam, claro.
Então me(te) faço uma pergunta:
Quando deixamos de ser?
[Criança e Criar]

Mais,
Quando criança deixa de ser um processo para se tornar um estágio, fase? quando deixa de ser um processo para ser um estado de espirito?
Quando CRIANÇA deixa de ser criança para ser outra coisa?

São perguntas que 'Estranhamente' me inquietam. [E voce pensa, porra, esse malandro nao tem mais o que fazer nao, né? nao trabalha? estuda? faz algo útil pra alguem!?...]

Quando a infancia vira infamia? quando ela nao tem crédito? quando ela é desprezada? quando ela nao tem direito a voz?

[Quando começamos a por julgamento e pre-conceitos em Tudo?]

Quando essa Infancia vira uma pureza romantica que "nao volta nunca mais"? [será que alguém 'ja foi' criança aqui?]

Quando nos tornamos ADULTOS? quando matamos a Criança? o CRIAR? Quando nos tornamos um saco de MATURIDADE rumo ao apodrecimento inevitável?

Quando assumimos uma rotina como o caminho mais seguro e rápido pra esquecer a Morte? Quando a Esperança vira desespero, descrença?

Quando morre o sonho e a fantasia? Quando já nao existe mais poesia? quando a Realidade te achata em uma linha de destino inevitável em que a Sorte e o acaso pouco importam? Quando o imprevisível vira certeza que vira o 'nao ter mais outro jeito'?

Quando o possivel vira Impossivel? Quando voce para de sorrir?

Quando voce para de fazer perguntas e tem só respostas prontas pra dar conta de tudo? Quando voce começa a achar perguntas demais insuportáveis e tem vontade de mandar a 'criança chata' pra putaqueopariu?

[E quando o QUANDO poderia ser COMO?]

???????????????????????????????????????????????????????????????????????

Ps. Imagina se essa porra de internet subentendesse interatividade?!

2 comentários:

Anônimo disse...

Ei, acho que a gente nunca deixa de ser criança, não. A gente só esquece.
Estava justamente conversando com uma amiga ontem que a infância também é muito triste e difícil. A de todo mundo.(e por isso que nossa profissão existe... hehe...) Porque a gente não sabe ainda lidar com os afetos e tudo marca muito.
Mas, sem experiência, a gente pode inventar o novo.
Acho que a ousadia de viver é não se deixar cristalizar pela experiência e conseguir permancer com o lado que brinca exposto para um mundo tão difícil.
Talvez a maturidade seja uma coisa fantástica tbm.

Mas concordo que não é fácil. é preciso trabalho de espírito para que a gente não endureça demais.

(Gostei de passar por aqui. Passarei de vez em quando para conversar sobre as idéias que aparecem neste convívio com o mundo)

Beijo!

tutaméia disse...

desenho em branco e preto.

...sabe lá quais são as palavras que aqui cabe alguém expressar.Todo esse sentimento guardado; isolado;revoltado;toda essa angústia e falta de espaço que tenho pra esticar minhas grandes pernas. sabe lá. não é culpa dos meus pais e sei muito bem que a sorte qual conti desde meu primeiro momento;além de rara nos tempos de hoje, só chamo de sorte pois não pude nem escolher saber qual o sabor da Liberdade. Ninguém que venha a ter razão de alguma coisa durante toda ou qualquer parte de sua existência sabe realmente do que tou falando. E pra falar de Liberdade quando se enraivece ao ter que falar com máquinas;traduzir placas;atravessar em faixas;correr pra não dormir no ponto, é preciso sonhar.Acordada, que seja! Cantar a única sorte de vir as caras ao invés da coroa. Pá que dizia ´rabuuuda menina vai contar até mil ali naquela esquina´. Num pé só ia e ria quando depois do mil não mais sabia; Se alguma liberdade queria, corria e dormia...sabe lá quais cores que via.